sábado, 24 de agosto de 2019

Enea

Hoje eu precisava saber quais cartas na manga ainda tinha. Se é que tinha alguma. Pela primeira vez aquela sequência numérica que por anos, eu nunca havia esquecido, foi banida da minha memória. Sofri ao tentar lembrar, mas eu não consegui.
Uma hora, apenas uma hora para muitos, para mim, um acontecimento em quase uma década.
Não entendo.
Eu poderia gritar e ainda assim eu não compreenderia.

"Hoje eu acordei com medo mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim,
De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua
Que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio mas também bonito
Porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu
Há minutos atrás"

E o sentido volta a calhar.
Uma vida de felicidade faz todo sentido, seja qual o caminho for, seja como quiser seguir.
Seja como o tempo, seja como o vento, seja como o amor ou como a morte.
Todo adeus era um até logo disfarçado, e agora?
Adeus é adeus?
Eu ainda não entendo.

Onde estiver, espero que esteja bem Meu Bem.


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