quinta-feira, 7 de junho de 2018

Por Lya Luft

Não sou areia
onde se desenha um par de asas
ou grades diante de uma janela.
Não sou apenas a pedra que rola
nas marés do mundo,
em cada praia renascendo outra.
Sou a orelha encostada na concha
da vida,
sou construção e desmoronamento,
servo e senhor,
e sou mistério.

A quatro mãos escrevemos o roteiro
para o palco de meu tempo:
o meu destino e eu.
Nem sempre estamos afinados,
nem sempre nos levamos
a sério.


(Sabe aquela palavra que te cai como luva? Este é poema para mim. Como a própria Lya destaca em seu apogeu "Perdas & Ganhos" talvez jamais nos encontremos, mas aqui exponho os meus mais sinceros agradecimentos, principalmente por dispor de seu conhecimento).

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