sexta-feira, 31 de agosto de 2018

"Manutomático"

"O universo não está punindo ou abençoando você. O universo está respondendo à atitude vibracional que você está emitindo." (frase do dia)

Eu soo como música em cada marca do meu tempo, existem notas, aí a oportunidade de rever o passado.
Eu mudei, vou mudar.
Retrocedo e ainda assim, evoluo.
Num estalar dos dedos, a vida me traz situações inimagináveis, vezes confortáveis, nostálgicas, vezes, frias, doídas... sem interrogações.

São tantas portas, tantas canções, tantas idas e vindas e reviravoltas. Um dia que muda todos os outros e quase sempre começa com uma confusão. Permito o incômodo me levar a lugares, por hora encontro o meu conforto e logo mais até a próxima.

Adoro todas as estações, em todas há magia, poesia, céu e escuridão, não poderia eu escolher.

Gerei no interior meus conflitos, limitantes e assustadores, os deixei em um conveniente espaço. Estão acumulando ao longo dos anos. É eu sei, um dia não haverá mais espaço e aí uma explosão, momento de se reorganizar.

Recentemente eclodiu dentro de mim um desejo de me reinventar, me construindo todos os dias, afinal, esse é o meu show.

Do cenário "Partes de mim"


quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Morte

O nascer é encantador, traz sensações com inúmeros sentimentos.
Quando nasce um novo bebê.
Quando nasce um novo amor.
Quando nasce a oportunidade de uma nova experiência.
Quando nasce um novo dia. E assim é com tudo que é novo.
Tudo que nasce tem seu poder.
Poder de transcender, de reluzir, de criar, de evoluir, de modificar, de transformar...

O comportamento do corpo em resposta aos momentos da vida é de suma importância para que permitamos a evolução como um todo.

Refletindo esta manhã e baseada na minha tão jovem vida, com experiências tão diversas e tão pequeninas, eu diria um grão de areia na vastidão do título "saber", como nós reagimos ao nascer e morrer.
Tive algumas duras perdas em meu "grãozinho de areia".
A primeira delas foi o adeus ao meu Tio/Amigo/Pai Valdemar, eu o amava verdadeiramente. Ele é parte do que me formei em minha fase de criança e adolescente. Lembro-me de seus conselhos e do amor que me doava todos os dias juntos. O que mais me envaidece é saber que ele me tornará a sua pequena e assim foi até o seu último dia de vida.
A segunda, uma perda diferente, algo inexplicável, a perda da minha melhor Amiga/Confidente/Parceira/MÃE, é difícil até completar qualquer pensamento no que se refere a minha Vera. Minha mãe era tudo em mim, tudo o que eu sou. Me formei menina, moça, mulher com toda a sua dedicação diária e hoje posso me orgulhar da minha ascendência.

E como houve perdas, houve também novas vidas.
Novos amores.
Novos amigos.
Novas idéias.
Novas famílias...

Experimentei relacionamentos amorosos, vezes complexos, porém enriquecedores. Cheios de energias, desejos, frustrações, ansiedade. Aos amigos, risadas incontidas, lágrimas, afagos, desabafos, irmandade, desavenças, amigo é o bem necessário na vida de qualquer ser humano.
Família, aos meus, meu ontem hoje e amanhã, meu eu, meu ser, meu tudo. Às família agregadas, aprendizados, lições, desentendimentos, carinho... aprendo dia após dia as idas e vindas neste contexto.

Concluo o quão incrível é em relações, sejam ela de qualquer natureza, apontamos, lembramos o desaprovável, o ruim. E noto assim a visão dos seres em relação a vida. Sempre nos queixando do que não temos.
E quando a morte vem visitar, só há saudades e ao lembramos, não precisamos sequer nos esforçar para aquilo que foi bom.
Na morte, a raiva se torna vã.

E tudo o que estou mudando é esta visão errônea de valorizar mais na morte e agredir mais na vida.
Acredito que morremos um pouco a cada dia para sabermos viver melhor no outro.

Do cenário "Partes de mim".

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Palavras são janelas (Ou são paredes)

Sinto-me tão condenada por suas palavras,
Tão julgada e dispensada.
Antes de ir, preciso saber:
Foi isso que você quis dizer?
Antes que eu me levante em minha defesa,
Antes que eu fale com mágoa ou medo,
Antes que eu erga aquela muralha de palavras,
Responda: eu realmente ouvi isso?
Palavras são janelas ou são paredes.
Elas nos condenam ou nos libertam.
Quando eu falar e quando eu ouvir,
Que a luz do amor brilhe através de mim.
Há coisas que preciso dizer,
Coisas que significam muito para mim.
Se minhas palavras não forem claras, 
Você me ajudará a me libertar?
Se pareci menosprezar você,
Se você sentiu que não me importei,
Tente escutar por entre as minhas palavras
Os sentimentos que compartilhamos.

Ruth Berermeyer.


- Aí está, primeiro dia do mês de Agosto de 2018 e eu finalizo a minha noite com este INENARRÁVEL, IMENSURÁVEL poema. Me foi apresentado através do livro de título cativante "Comunicação não-violenta" do autor Marshall B. Rosenberg. Presente da minha amada primogênita irmã Jackeline S. 
Refletir não é tarefa fácil e praticar o que ela traz é ainda mais complexo, mas... é um produto que vale a pena investir. Ajuda amadurecer, florescer. Torna própria a consciência de si.
Posso fechar os meus olhos e encontrar com a autora Ruth, que em estado pleno pôde dar o melhor de suas experiências dentro deste poema, e posso afirmar ser um ato sublime de amor e auto-conhecimento. 
Olho o meu passado, cobrando e aprisionada à ele me torno, cada vez que recuso a aceitar que estou em constante aprendizado.
Estou afrouxando as rédeas e me permitindo. 
O erro é o início do acerto.


quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Monólogo meu

--Eu posso?
-Eu fui?
--Eu quis?
-Eu tenho?
--Eu sou?
-Eu espero?
--Eu quero?
-Eu recusei?
--Eu vou?
-Eu permaneço?
--Eu aguento?
-Eu faço?
--Eu consigo?
-Eu marquei?
--Eu, feliz?
-Eu sorri?
--Eu, nada?
-Eu cansei?
--Eu influencio?
-Eu machuco?
--Eu sei?
-Eu moro?
--Eu chorei?
-Eu canto?
--Eu dancei?

-Eu?
--Eu te amo?