O nascer é encantador, traz sensações com inúmeros sentimentos.
Quando nasce um novo bebê.
Quando nasce um novo amor.
Quando nasce a oportunidade de uma nova experiência.
Quando nasce um novo dia. E assim é com tudo que é novo.
Tudo que nasce tem seu poder.
Poder de transcender, de reluzir, de criar, de evoluir, de modificar, de transformar...
O comportamento do corpo em resposta aos momentos da vida é de suma importância para que permitamos a evolução como um todo.
Refletindo esta manhã e baseada na minha tão jovem vida, com experiências tão diversas e tão pequeninas, eu diria um grão de areia na vastidão do título "saber", como nós reagimos ao nascer e morrer.
Tive algumas duras perdas em meu "grãozinho de areia".
A primeira delas foi o adeus ao meu Tio/Amigo/Pai Valdemar, eu o amava verdadeiramente. Ele é parte do que me formei em minha fase de criança e adolescente. Lembro-me de seus conselhos e do amor que me doava todos os dias juntos. O que mais me envaidece é saber que ele me tornará a sua pequena e assim foi até o seu último dia de vida.
A segunda, uma perda diferente, algo inexplicável, a perda da minha melhor Amiga/Confidente/Parceira/MÃE, é difícil até completar qualquer pensamento no que se refere a minha Vera. Minha mãe era tudo em mim, tudo o que eu sou. Me formei menina, moça, mulher com toda a sua dedicação diária e hoje posso me orgulhar da minha ascendência.
E como houve perdas, houve também novas vidas.
Novos amores.
Novos amigos.
Novas idéias.
Novas famílias...
Experimentei relacionamentos amorosos, vezes complexos, porém enriquecedores. Cheios de energias, desejos, frustrações, ansiedade. Aos amigos, risadas incontidas, lágrimas, afagos, desabafos, irmandade, desavenças, amigo é o bem necessário na vida de qualquer ser humano.
Família, aos meus, meu ontem hoje e amanhã, meu eu, meu ser, meu tudo. Às família agregadas, aprendizados, lições, desentendimentos, carinho... aprendo dia após dia as idas e vindas neste contexto.
Concluo o quão incrível é em relações, sejam ela de qualquer natureza, apontamos, lembramos o desaprovável, o ruim. E noto assim a visão dos seres em relação a vida. Sempre nos queixando do que não temos.
E quando a morte vem visitar, só há saudades e ao lembramos, não precisamos sequer nos esforçar para aquilo que foi bom.
Na morte, a raiva se torna vã.
E tudo o que estou mudando é esta visão errônea de valorizar mais na morte e agredir mais na vida.
Acredito que morremos um pouco a cada dia para sabermos viver melhor no outro.
Do cenário "Partes de mim".